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Ensinar a aprender: o maior desafio da educação brasileira

  • Foto do escritor: Thiago Loreto
    Thiago Loreto
  • 29 de ago.
  • 2 min de leitura

Em um mundo cada vez mais dinâmico e tecnológico, o conhecimento deixou de ser estático. O verdadeiro diferencial educacional hoje está em ensinar o aluno a aprender a aprender — uma habilidade essencial para desenvolver autonomia, pensamento crítico e capacidade de adaptação ao longo da vida.


Segundo relatório da UNESCO (2023), cerca de 70% das crianças no mundo em desenvolvimento enfrentam a “pobreza de aprendizado”, ou seja, não conseguem compreender o que leem nem aplicar conceitos básicos de matemática. No Brasil, esse cenário se reflete nos resultados do SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica, 2021), que apontam que apenas 5 em cada 10 alunos do 9º ano conseguem ler e interpretar textos adequadamente. Esses dados revelam a urgência de repensar a prática pedagógica.



O que significa “aprender a aprender”?


O conceito vai além de decorar conteúdos. Trata-se de desenvolver no estudante:


  • Autonomia intelectual: saber buscar informações de forma crítica.

  • Gestão do próprio aprendizado: organizar estudos, tempo e recursos.

  • Mentalidade investigativa: transformar dúvidas em pesquisas.

  • Resiliência cognitiva: aprender com os erros e persistir diante das dificuldades.


A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) já reconhece a importância desse eixo, ao destacar a “aprendizagem ao longo da vida” como uma das 10 competências gerais da educação básica.



O papel do professor na realidade brasileira


Ensinar a aprender não é apenas transferir conhecimento, mas formar aprendizes autônomos. Para isso, o professor precisa:


  1. Atuar como mediador – incentivando perguntas, debates e reflexões.


  2. Usar metodologias ativas – como sala de aula invertida, projetos e aprendizagem baseada em problemas.


  3. Valorizar a conexão emocional – pesquisas da Fundação Lemann (2022) mostram que alunos que têm vínculo positivo com seus professores apresentam 30% mais engajamento escolar.


  4. Aproximar o conteúdo da vida real – relacionando o aprendizado com a realidade dos estudantes, especialmente no contexto brasileiro de desigualdades sociais.



Benefícios a longo prazo


Alunos que aprendem a aprender:


  • Desenvolvem autonomia profissional e maior empregabilidade.

  • Tornam-se mais resilientes às mudanças do mercado de trabalho.

  • Cultivam o hábito do aprendizado contínuo (lifelong learning), essencial em 2025.


De acordo com o relatório do World Economic Forum (2023), 44% das habilidades atuais no mercado de trabalho devem mudar até 2030. Ou seja, preparar o estudante para aprender sempre é preparar para o futuro.



Conclusão


O grande desafio da educação brasileira não é apenas ensinar conteúdos, mas ensinar os alunos a aprenderem por conta própria. Essa transformação só será possível com o fortalecimento da relação professor-aluno, metodologias inovadoras e políticas públicas que priorizem a autonomia e a criticidade dos estudantes.



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Referências


  • UNESCO. State of Global Learning Poverty. 2023. Link

  • SAEB. Resultados da Avaliação da Educação Básica no Brasil. INEP, 2021. Link

  • Fundação Lemann. Relatório sobre engajamento escolar. 2022. Link

  • World Economic Forum. The Future of Jobs Report. 2023. Link

  • MEC. Base Nacional Comum Curricular. 2017. Link


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© 2025 por Thiago Loreto.

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