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Brasil, mercado de arte e a tarefa do professor: esperança real para futuros artistas

  • Foto do escritor: Thiago Loreto
    Thiago Loreto
  • 3 de out.
  • 5 min de leitura

Introdução


A presença crescente do Brasil no mercado internacional de arte abre uma janela valiosa para professores e estudantes: novas exposições, vendas, repatriações e visibilidade colocam a produção brasileira num mapa que pode transformar trajetórias profissionais. Mas para que isso se torne oportunidade concreta — e não apenas retórica — é necessário que a formação artística nas escolas conecte ofício, mercado e identidade cultural. Abaixo trago teu texto original (preservado), seguido de contexto factual, análise e passos práticos que professores e futuras gerações podem seguir.



Como futuro professor de Artes Visuais



Um mundo com mais artes brasileiras, com mais artistas brasileiros, um sonho e um esperança, hoje o Brasil vive uma situação política adversa e que limita muitos negócios, porém a arte tem ganhado espaço por estes caminhos tortuosos e tem sido expandida, o que é ótimo do meu ponto de vista como futuro professor, poder um dia ver meus alunos se tornando artistas de nível mundial? É pra isso que estou trabalhando, digo, construir a minha carreira como professor, me destacar, me posicionar e ser relevante, isso fará com que os meus ensinamentos levem jovens artistas ao ponto que eles desejam, ou até além, essa ampliação do Brasil no mercado global de arte traz esperança para os futuros artistas, faz com que uma geração inteira se sinta motivada a buscar a arte e a grandeza e mais, levar este entusiasmo e mostrar que é sim possível trabalhar e viver de arte dentro e fora do nosso país, a grandiosidade desse pequeno aumento da participação do Brasil no mercado global fará com que o jovem artista busque conhecimento de diversas maneiras e o dever dos professores e futuros professores de artes é justamente levar este conhecimento aos jovens para que eles não percam o interesse e se tornem bons artistas, conheçam o mercado, seja tradicional, moderno, digital ou qualquer outro que se sintam motivados.


Capacidade de fazer algo grandioso, isso não nasce conosco, nós construímos ao longo dos anos, certamente com a ajuda certa torna-se mais fácil, mesmo assim é um caminho difícil, longo e sinuoso além de ter seus altos e baixos é claro, bem dezenas, ou até centenas de artistas acabam ficando pelo caminho, sentindo-se pequenos e irrelevantes, ou mesmo incapazes e é ai que vem o papel de um professor de arte, reconhecer este aluno, tentar entender seus caminhos e o ensinar, a fazer arte? Muitas vezes não, mas sim como aprender o que é a arte e como aprender a fazê-la, da maneira correta? Acredito que da melhor maneira, de maneira com que o aluno possa aprender cada vez mais e reconhecer os diversos tipos de artes e como chegar ao mercado com a sua arte, estes são passos importantes para todo e qualquer artista e nossos professores, muitas vezes não os levam ao conhecimento dos alunos.



O Brasil ampliou participação — dados e tendências


  • Relatórios recentes sobre exportações e presença internacional da arte brasileira mostram sinais concretos de crescimento: estudos de mercado apontam que, mesmo num ano em que o mercado global vivenciou retração, as exportações brasileiras cresceram e a participação do Brasil no comércio internacional de arte vem subindo. Isso tem sido documentado por levantamentos especializados.


  • É importante situar esse movimento no contexto global: relatórios como o Art Basel & UBS Art Market Report mostram que o mercado mundial sofreu contração em 2024 — portanto, avanços relativos de países emergentes tornam-se ainda mais relevantes.


  • A presença brasileira em salões e feiras internacionais também aumentou — por exemplo, participação mais visível em feiras como Art Basel e SP-Arte tem sido registrada, evidenciando tanto o interesse internacional em artistas brasileiros quanto o esforço de galerias e curadores nacionais para ocupar espaços globais.


  • Paralelamente, indicadores locais de economia criativa apontam crescimento do emprego e da formalização na cadeia cultural, o que cria um ecossistema que pode sustentar carreiras artísticas mais profissionais.



Por que isso importa para um futuro professor de artes e para os alunos


  1. Visibilidade gera demanda de conhecimento: quando artistas brasileiros entram em feiras e exposições internacionais aumentam as oportunidades de intercâmbio, residências e vendas — e os alunos que conhecem esse universo ganham motivos concretos para se profissionalizar.


  2. Mercado diverso ≠ somente elite: dados internacionais mostram uma diversificação do mercado — crescimento em faixas de preço mais baixas e mais compradores em diferentes regiões — o que abre múltiplos caminhos de carreira (museus, galerias, mercado primário e secundário, design, games, cinema).


  3. Política cultural e repatriação significam reconstrução de narrativas: iniciativas de devolução e valorização de acervos afro-brasileiros colaboram para reforçar identidade e repertório, algo essencial para formação artística crítica e conectada com o país.



O desafio e a oportunidade dentro da escola


O aumento da presença brasileira no mercado internacional é facilitador — mas sozinho não transforma trajetórias. Para isso é preciso que a escola faça a sua parte:


  • Formação técnica + conhecimento de mercado: aulas que combinem ofício (técnicas de desenho, pintura, escultura, arte digital) com conteúdos práticos sobre curadoria, portfólio, direitos autorais e canais de comercialização. Funarte, Itaú Cultural e outras instituições oferecem formação e editais que podem ser aproveitados em parcerias.


  • Acesso a processos criativos reais: residências, visitas a ateliês e feiras, encontros com artistas e mediadores transformam expectativa em prática. Feiras como SP-Arte e a crescente presença em eventos internacionais criam esses elos.


  • Orientação de carreira: ensinar como montar portfólio, inscrever-se em editais, planejar uma trajetória (licenciatura, técnico, residência, agência, curadoria) evita que talentos se percam.



Recomendações práticas para professores


  1. Mapear o território local e as oportunidades nacionais — identifique galerias, artistas, Pontos de Cultura, centros culturais e editais (Funarte, Itaú Cultural) e crie rotas de visitação e parceria.


  2. Combinar ofício e mercado nas aulas — um módulo sobre “como apresentar seu trabalho” (portfólio, redes sociais profissionais, feiras) pode ser integrado ao currículo de Arte.


  3. Portfólio e projetos públicos — exponha trabalhos dos alunos no pátio, biblioteca e em redes; participe de feiras escolares e comunais para dar visibilidade prática.


  4. Aprofundar repertório histórico e identitário — aproveite a recente movimentação de repatriação e pesquisa em arte afro-brasileira para enriquecer o conteúdo e conectar alunos às suas raízes.


  5. Aproveitar capacitações externas — inscrever-se em cursos e residências oferecidos por instituições culturais; articular oficinas com artistas locais.



Uma palavra sobre expectativas reais


O crescimento da participação do Brasil no mercado global de arte é empolgante — mas é incremental e desigual. Há setores que avançam (pintura, escultura, fotografia) e outros que ainda precisam de políticas e infraestruturas. Além disso, o contexto macroeconômico global é volátil: mesmo com oportunidades, professores e alunos precisam de formação sólida e visão de longo prazo para capitalizar essas janelas.



Conclusão


Teu sonho — ver alunos brasileiros alcançando destaque internacional — é viável e mais plausível agora do que há uma década. O crescimento da presença brasileira em feiras e exportações, somado a iniciativas de fomento e ao fortalecimento da economia criativa, cria terreno fértil. Mas o elo decisivo é a escola: professores bem formados, aulas que unam técnica e mercado, e redes de parceria transformarão esperança em trajetória real. Como futuro professor de artes, o teu papel será articular essa ponte entre ofício, identidade e mercados — e guiar os alunos para que muitos dos que hoje parecem “pequenos” se tornem artistas de alcance global.


Se este artigo ressoou contigo, compartilha com colegas, diretores e secretarias; comente abaixo qual passo você acha mais urgente (formação docente, infraestrutura, parcerias ou portfólios) — vamos coletar ideias e transformar isso em um projeto piloto.





Fontes e leituras




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