
A Decadência da Educação Pública Brasileira: Reflexões e Comparações Internacionais
- Thiago Loreto

- 15 de set.
- 3 min de leitura
Introdução
Em pleno 2025, ainda precisamos discutir a decadência da educação pública brasileira — um tema que deveria estar superado há décadas. Apesar de inúmeros planos e reformas, o país convive com escolas sucateadas, professores desmotivados e alunos com baixo desempenho em avaliações nacionais e internacionais.
Segundo a OCDE, apenas 3% dos jovens brasileiros de 15 anos sonham em se tornar professores (OECD, Education at a Glance 2023). Ao mesmo tempo, dados do INEP revelam que mais de 40% das escolas públicas sofrem com problemas graves de infraestrutura (Fonte: INEP). Esse cenário mostra que o Brasil falha tanto em oferecer condições mínimas quanto em tornar a carreira docente atraente.
A Realidade no Brasil
Os desafios da educação pública brasileira estão ancorados em três fatores principais:
Infraestrutura precária
Escolas sem saneamento, internet adequada ou bibliotecas ainda são comuns.
Segundo o Todos Pela Educação, 36% das escolas não têm internet de qualidade e quase 20% não têm saneamento básico (Fonte).
Baixa valorização do professor
Professores brasileiros recebem, em média, 30% a menos que outros profissionais com ensino superior (Banco Mundial).
A formação continuada é insuficiente e pouco incentivada.
Falta de renovação docente
Há déficit de professores em áreas essenciais como Física, Química e Matemática (MEC).
A profissão carece de prestígio social, o que afasta novos talentos.
O Impacto da Crise
Os efeitos desse cenário são alarmantes:
Esses números não são apenas indicadores frios: eles revelam uma geração de jovens prejudicada e um país condenado a dificuldades futuras caso nada seja feito.
O Que o Brasil Pode Aprender com Outros Países
Finlândia: O Professor no Centro da Transformação
Na Finlândia, todos os professores têm mestrado obrigatório e grande autonomia pedagógica.
A profissão é prestigiada, e a seleção é altamente competitiva: apenas cerca de 10% dos candidatos são aprovados nos cursos de formação (Finnish National Agency for Education).
Resultado: o país ocupa posições de destaque nos rankings do PISA, especialmente em leitura e ciências.
Coreia do Sul: Meritocracia e Alta Valorização
Professores sul-coreanos estão entre os mais bem pagos do mundo, com salários que podem dobrar ao longo da carreira.
A profissão é vista como uma das mais respeitadas socialmente.
Essa valorização resulta em altas taxas de desempenho acadêmico e baixíssimos índices de evasão escolar (OECD).
Canadá: Equidade e Inclusão
O Canadá prioriza a equidade no acesso à educação. Independentemente da região ou condição socioeconômica, as escolas oferecem infraestrutura de qualidade.
O país adota políticas de inclusão que integram alunos de diferentes origens culturais, valorizando a diversidade.
Isso se reflete em desempenho consistente em avaliações internacionais e em baixa desigualdade educacional (Council of Ministers of Education, Canada).
Conclusão
A decadência da educação pública brasileira é reflexo de escolhas políticas e sociais que, por décadas, negligenciaram professores e estudantes. Sem valorização docente, infraestrutura adequada e políticas consistentes, não há como mudar o quadro.
Exemplos internacionais mostram que a educação só avança quando o professor é visto como protagonista e a escola como espaço de transformação social. O Brasil precisa urgentemente repensar seu modelo, aprendendo com experiências de países que conseguiram avançar e adaptando suas práticas à nossa realidade.
Investir em professores, infraestrutura e políticas de longo prazo não é gasto: é o único caminho para o desenvolvimento sustentável do país.
📢 A educação pública é responsabilidade de todos nós.
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Somente juntos podemos transformar o futuro da educação!



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