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O futuro do ensino de artes depende dos professores

  • Foto do escritor: Thiago Loreto
    Thiago Loreto
  • 22 de ago.
  • 2 min de leitura

Introdução


No Brasil, a arte ainda não possui o devido valor no ensino básico. As famosas aulas de pintura, desenho livre ou até mesmo o uso desse tempo como “aula vaga” tornam a disciplina precária tanto no sentido teórico quanto prático. Professores muitas vezes não acompanham o desenvolvimento dos alunos de modo a instigá-los a fazer mais pela matéria. O básico — ensinar o aluno a aprender a aprender — raramente acontece.


Mas afinal, o que nós, enquanto educadores, estamos fazendo para mudar esse cenário?



A educação da arte é falha e continuará falhando?


Os professores de artes não têm culpa direta pelo atual estado da disciplina. Muitas vezes, são vítimas de uma formação precária e de um sistema que não valoriza a arte como área de conhecimento essencial. Segundo o Censo Escolar (INEP, 2022), apenas 12% dos professores que atuam em artes possuem formação específica na área. Isso explica porque grande parte das aulas se resume a práticas superficiais, sem aprofundamento histórico, técnico ou crítico.


No entanto, surge uma questão: não deveria ser do interesse do próprio professor buscar conhecimento pelo simples estímulo da curiosidade e do aprimoramento? Como cobrar do aluno curiosidade e empenho se os próprios educadores não demonstram, de forma prática, esse interesse?


A falha não acontece apenas no parlamento ou nas secretarias de educação. Ela ocorre também no ego e na acomodação docente. Muitos professores resistem a aprender coisas novas, mas exigem que seus alunos estejam abertos ao novo. Essa contradição mina o potencial transformador da arte na escola.



Caminhos para melhorar o ensino de arte na educação básica


Para transformar essa realidade, alguns passos são fundamentais:


  1. Formação continuada de professores – Cursos, oficinas e treinamentos voltados para o ensino de técnicas artísticas (como pintura, escultura, gravura, fotografia, arte digital) são essenciais.


  2. Inserção da arte no cotidiano escolar – Pequenas exposições de trabalhos, murais colaborativos e projetos interdisciplinares dão sentido real à prática artística.


  3. Estímulo à pesquisa e experimentação – O professor deve ser o primeiro a pesquisar novas linguagens e testar novas técnicas, mostrando ao aluno que a curiosidade é o motor da criação.


  4. Apoio institucional – Políticas públicas que valorizem a arte como área de conhecimento, e não apenas como recreação, são urgentes.


  5. Valorização da diversidade cultural – Levar para a sala de aula referências de artistas locais, regionais e nacionais ajuda o estudante a se ver representado no campo artístico.



Conclusão


A arte na educação básica não pode continuar sendo tratada como um apêndice sem importância no currículo. Mais do que um espaço de “tempo livre”, ela é um instrumento para desenvolver criatividade, pensamento crítico, sensibilidade e cidadania.


Nós, professores, temos um papel decisivo nessa mudança: buscar aprimoramento, inovar em nossas aulas e formar alunos que sejam artistas, pensadores e cidadãos.


Se você é professor, comece hoje mesmo a transformar sua prática. Se é estudante, cobre dos seus educadores mais empenho e compartilhe este artigo para fortalecer a luta por uma educação artística de qualidade no Brasil.


👉 Quer mais conteúdos sobre ensino de arte e formação docente? Continue acompanhando nosso blog e confira nossos próximos artigos!



📌 Fontes utilizadas:


  • INEP. Censo Escolar da Educação Básica 2022. Brasília: Ministério da Educação.

  • MEC. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (2013).


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© 2025 por Thiago Loreto.

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