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Educação Artística no Brasil: crítica e novos caminhos

  • Foto do escritor: Thiago Loreto
    Thiago Loreto
  • 26 de ago.
  • 3 min de leitura

A educação artística não é exatamente artística. As aulas de artes nas escolas são guiadas por um documento que conecta diretamente o ensino da arte a um processo linear: para alcançar certo destino, exige-se conhecimento de história da arte e fundamentos básicos de desenho. Mas será que isso realmente prepara alguém para viver da arte?


Não estou desmerecendo a importância desses temas — eles são essenciais. No entanto, falta entendimento por parte de educadores e legisladores que elaboram esse currículo, direcionando-o à escola de forma rígida. O ensino de arte na educação básica deveria ser muito mais fluido, com professores verdadeiramente capacitados para transformar essa fluidez em conhecimento para a vida. Quando digo fluidez, quero dizer que a arte não está apenas em museus e galerias; ela está presente na vida cotidiana, especialmente em grandes centros urbanos: no grafite nas ruas, nos artesãos que vendem suas criações nas calçadas, nas rodas de rap — exemplos modernos que ecoam tradições antigas. Historicamente, a arte impulsionou a escrita e a comunicação humana — basta olhar para as pinturas rupestres ou as inscrições nas paredes do Egito — e isso quase não é abordado na escola.


As grandes academias de arte também são relevantes, mas raramente apresentadas no ensino básico no Brasil. Se você pensar bem, poucos de nós lembramos de alguma aula que abordasse esses aspectos. Faltam também técnicas de criação — desenho, pintura, escultura, audiovisual — que são cruciais e pouco exploradas.


Como aluno e futuro professor desta área tão nobre, mas muitas vezes malvista, pretendo trazer esses temas cada vez mais à tona — inclusive em sala de aula.



Contexto Histórico e Educacional


  • Histórico do ensino da arte no Brasil: A educação artística institucionalizada teve início com a chegada da Missão Artística Francesa (1816), que introduziu o modelo acadêmico. Nas décadas seguintes, até meados do século XX, predominou o ensino técnico e repetitivo, focado em desenho formal e cópia de modelos rígidos. Fonte

  • Obrigatoriedade no currículo: A Educação Artística ganhou status de componente curricular obrigatório com a LDB de 1971 e foi reafirmada pela LDB de 1996 (art. 26, § 2.º), que definiu a arte como disciplina essencial na educação básica, abrangendo artes visuais, música, dança e teatro. Fonte

  • Orientações modernas: A Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2017/18) propõe um ensino de arte mais integrado e significativo, que articula seis dimensões — criação, crítica, fruição, expressão, reflexão e estesia — e defende a interdisciplinaridade e o protagonismo estudantil. Fonte

  • Desafios práticos: Ainda que haja diretrizes progressistas, muitos professores são formados em apenas uma linguagem artística, o que dificulta a aplicação integrada proposta pela BNCC. Fonte

  • Importância do currículo conectado à vida: Estudos mostram que o ensino da arte desenvolve pensamento crítico, sensibilidade, empatia, criatividade e capacidade de reflexão — além de favorecer a formação integral do aluno ao articular-se com outras disciplinas e contextos culturais. Fonte



Conclusão


O ensino da arte precisa deixar de ser apenas uma disciplina linear para se tornar um caminho de descobertas, expressões e conexões com a vida. Só assim formaremos não apenas futuros artistas, mas cidadãos criativos, críticos e conscientes do mundo que os cerca.


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